sábado, 8 de outubro de 2011


 POESIA DO AMOR 
Amor conheci todas as ausências...
todas as tolerâncias e todas as minhas carências!
No amor...descobri todas as harmonias
todas as fantasias e todas as suas alegrias!
Do amor eu encontrei toda a solidão...
toda a paixão e toda a minha salvação!
No amor distingui todos os prazeres
e todos os dizeres e todos os seus deveres.

Do amor eu conheci todos os queixumes...
todos os seus perfumes e todos os meus ciúmes!
No amor eu vivi todos os delírios...
e todos os martírios;
todos os beijos e todos os nossos desejos!
No amor derramei todas as lágrimas...
declarei todas as máximas!
também encontrei todas as flores
com todos seus odores!
No amor deparei com todos os mistérios
e todos os seus critérios!
E todos eu levei...apaixonadamente...a sério!



Do amor desvendei todas as mágicas...
usei todas as táticas e descobri todas
as cartas enigmáticas!
No amor encontrei toda ternura...
toda candura e todas as desventuras!
No amor encontrei toda a riqueza...
toda a leveza e toda a sua pureza!
Do amor percebi toda sua magnitude...
toda a sua juventude e toda sua inquietude!

No amor eu encontrei todos os sabores...
todos os calores e todos os dissabores!
No amor busquei tudo que ele nos traz :
todo bem que ele nos faz...
E de todo o seu Universo descobri a Paz! 








Sei ...
só não sei porque
penso em você tanto assim...

Passo a noite em claro,
e seu rosto raro lembra o luar,
que penetra no escuro do quarto
pelas frestas da janela.

Olho os fios de cetim,
que cintilam no escuro...

Agora sei...

Sei porque penso em você tanto assim,
e adormeço feliz,
por conseguir saber enfim...







Florbela Espanca
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mais este e aquele, o outro e a toda gente...
Amar! Amar!E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disse que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar.
E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que eu saiba me perder... pra me encontrar...

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